terça-feira, 25 de junho de 2013

Agentes de saúde de Maceió denunciam: Faltam condições de trabalho

Agentes de combate as endemias dizem que não podem cumprir função,faltam coletes e luvas para o manuseio de produtos tóxicos.

           Agentes chegam a ficar em praças apenas para cumprir horário. (Foto: Arquivo pessoal/Arnald Luiz)
              Agentes chegam a ficar em praças apenas para
          cumprir horário. (Foto: Arquivo pessoal/Arnald Luiz)
A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a exemplo de coletes e luvas para o manuseio de produtos tóxicos tem impedido agentes de combate às endemias de desenvolver suas funções em Maceió.. Além disso, a categoria reclama de falta de estrutura nos pontos de apoio nos bairros em que realizam as visitas às casas da população.
"Não temos batas de identificação sucifiente, as últimas nos foram dadas em 2011. Nós precisamos aplicar um produto nas residências em que tenham acúmulos de água para combater o foco do mosquito da dengue. A Anvisa já o considerou altamente tóxico, mas só usamos uma luva usada em padaria, que não é adequada para esse serviço", diz o presidente do Sindicato Municipal dos Agentes de Combate às Endemias de Maceió (Simacem), Arnaldo Luiz.
Os cerca de 800 agentes de saúde são distribuídos em 11 distritos da capital alagoana. De acordo com o presidente do Simacem, falta estrutura nos pontos de apoio. "Nós ficamos em escolas ou órgãos da prefeitura nos bairros, já que não nos querem nos postos de saúde por causa do produto forte que usamos. Nesses locais muitas vezes não têm banheiro e nem instalação adequada para a categoria", destaca.
"Por causa da falta de equipamentos, o pessoal acaba indo para os pontos de apoio, mas ficam de braços cruzados, só para cumprir horário. Os outros agentes acabam sendo sobrecarregados e quem se prejudica é a população, que fica sem o serviço", afirma.
Agentes no antigo ponto de apoio, no Caic, em Maceió. (Foto: Arquivo pessoal/Arnaldo Luiz)Agentes no antigo ponto de apoio, no Caic, em
Maceió. (Foto: Arquivo pessoal/Arnaldo Luiz)
Segundo o sindicalista, os problemas que a categoria enfrentam já foram relatados ao secretário de Saúde de Maceió, na semana passada.

"Na última semana, falamos ao secretário que se o município não se posicionar até a quinta-feira (27) nós convocaremos uma assembleia-geral para discutir sobre indicativo de greve. Entramos com um processo administrativo no mês passado e estivemos presentes em uma audiência pública na Câmara de Vereadores para registrar nossos problemas", frisa.
Ainda de acordo com o sindicalista, a categoria cobra a inclusão dos profissionais no Plano de Cargos e Carreira da Saúde e o pagamento de benefícios que, segundo ele, foi cortado com a mudança do regime estatutário.
No último dia 8 de junho, quando a Secretaria do Estado da Saúde (Sesau) fechou o relatório da 23ª semana epidemiológica, havia 2.346 casos confirmados de dengue no Estado, sendo 1602 notificados somente na capital alagoana.

G1 Alagoas

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