terça-feira, 2 de julho de 2013

Agentes de saúde protestam em frente a prefeitura de Cruzeiro do Sul

Trânsito ficou parado por mais de duas horas no local. Servidores exigem efetivação da carreira e melhores condições salariais.


           Protesto agentes (Foto: Francisco Rocha/G1)
A greve dos agentes de endemias em Cruzeiro Sul (AC), ganhou força com a participação dos agentes comunitários de saúde. Na manhã desta terça-feira (2), os manifestantes das duas categorias se uniram e fecharam a rua em frente à prefeitura, para exigir que o prefeito da cidade desse uma resposta positiva para as reivindicações dos servidores. O trânsito no local ficou congestionado por mais de duas horas.
Os agentes de endemias temem que no final do ano mais de 240 funcionários fiquem desempregados caso não seja realizado um concurso público para a contratação de efetivos. Os servidores foram contratados pela paraestatal Pro-Saúde em 2010, mas de acordo com a Justiça Federal a contratação é ilegal e eles devem ser demitidos até o fim do ano.
Sem avanço nas negociações entre a prefeitura e o governo do estado, sobre os repasses do governo federal para custear despesas da categoria, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), não aceitou assumir os agentes de endemias.
A presidente estadual do sindicato dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, Raquel Cabral, garante que a categoria não vai desistir até que a prefeitura e o governo se entendam e resolvam a situação dos servidores.
“Essa é a única prefeitura do Brasil que ainda não assumiu os agentes de endemias, já foram feitas reuniões e nada ainda foi decidido, queremos uma resposta. Ou o estado faz um concurso permanente ou acerta as negociações com a prefeitura para que o prefeito assuma a responsabilidade”, disse a sindicalista.
Já os agentes comunitários de saúde, exigem da prefeitura melhores condições de salários e equipamentos de proteção individual que ainda não foram entregues.
De acordo com o vice-presidente estadual do sindicato dos agentes de endemias, Eleno Freitas, uma comissão se reuniu nesta terça-feira (2) com o prefeito, mas não houve avanço nas negociações e a greve vai continuar por tempo indeterminado.
Prefeitura se posiciona
Por meio de nota, a prefeitura de Cruzeiro do Sul diz que não tem condições de conceder reajuste salarial aos agentes comunitários uma vez que os recursos que recebem do governo federal são menores do que o que gastam durante todo mês.
“O município nesse programa ao ano gasta mais de R$ 800 mil em forma de pagamento férias, encargos sociais, sem contar com os equipamentos. A reivindicação deles de reajuste salarial, não podemos conceder. O décimo terceiro salário, que o governo federal manda, sempre atrasado e que só chega depois de dezembro, aceitou pagá-lo em produtividade", diz a nota.
Já em relação aos agentes de endemias, o prefeito afirma que é 'impossível' assumir o compromisso de 'receber todo o pessoal e despesas para que o município possa custear'.
"É impossível, porque já temos um gasto de mais de 3 milhões ao ano e o governo federal mandaria apenas R$ 573 mil. E o resto da conta quem paga? Vai ficar nas costas do município? Não aceitamos isso. O Estado tem que entrar e ajudar nessa despesa para juntos gerenciarmos e fazer com que os nossos serviços de saúde sejam de boa qualidade. Não estou dizendo que não assumo. Assumo sim, mas vamos discutir quem paga a conta!”, explica.
G1 ACRE

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