quinta-feira, 2 de junho de 2016

Com salário cortado após greve, agentes de saúde recebem menos de R$ 300,00


 WhatsApp/Midiamax
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Aline Machado

Agentes comunitários de saúde, que entraram em greve por reajuste salarial, tiveram os dias parados descontados da folha de pagamento referente ao mês de maio deste ano. Com os descontos, muitos servidores afirmam que receberam menos de R$ 300,00, sendo que alguns tiveram o holerite zerado. 
Agente de saúde há 20 anos, a funcionária pública, de 57 anos, que preferiu não se identificar, afirma não ter recebido nada.


"Isso é muito injusto. Sou sozinha, tenho um filho que está na faculdade e fica muito difícil. Se a greve tivesse sido considerada ilegal, tudo bem, mas isso não aconteceu e mesmo assim o prefeito não pagou os servidores", declara.
Outra funcionária pública, de 54 anos, que trabalha há 18 como agente de saúde, diz que com os descontos recebeu R$ 500,00. "O prefeito está sendo muito radical. Estamos em crise e um colega está tentando ajudar o outro. As contas estão todas atrasadas e o prefeito não quer dialogar", afirma.
Servidora há dois anos, a funcionária pública de 29 anos, recebeu menos de R$ 300,00. "Esse mês minha remuneração foi R$ 227,95. Estou me sentindo muito lesada. Dependo desse salário porque tenho um filho pequeno. Quem vai pagar as contas, nos dar de comer? Com criança em casa e sem salário, o desespero apavora", frisa. 
Situação semelhante aconteceu com administrativos da Educação. No último mês eles também reclamaram dos descontos por conta da greve. Em ambos os casos, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, defende que a greve não foi questionada e que o desconto é ilegal. 
"Esse é mais um ato contra o servidor. Cumprimos todos os ritos que a Justiça manda e com isso o prefeito está demonstrando sua verdadeira face. Entramos com ação denunciando a prática e estamos aguardando a decisão do judiciário", afirma.
A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura, mas até o fechamento deste texto não houve posicionamento a respeito do fato. 

Fonte: http://www.midiamax.com.br/



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