Casos de microcefalia decorrentes do vírus da Zika aumentaram significativamente neste ano. Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo |
Desde o início das investigações, em outubro de 2015, 7.936 casos suspeitos foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 3.308 já foram descartados e 3.047 permanecem em investigação. Desde o ano passado, o nordeste é a região que mais apresentou casos notificados de microcefalia ou malformações, sugestivos de infecção congênita. No sudeste, o Rio de Janeiro é o estado com mais casos notificados, com 491.
O novo boletim registrou 3.308 casos descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou que não se enquadram na definição de caso. Outros 3.047 permanecem em investigação. Ao todo, desde o início das investigações, em outubro do ano passado, foram notificados 7.936 casos suspeitos de microcefalia em todo o Brasil.
Do total de casos confirmados, 226 tiveram como critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.581 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 562 municípios, localizados em 25 unidades da federação e no Distrito Federal. Não existe registro de confirmação apenas no estado do Acre.
Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 317 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 73 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 198 continuam em investigação e 46 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
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