quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Programa vai integrar dados de usuários do SUS, informa Ministério da Saúde

Governo vai disponibilizar recursos para municípios que aderirem ao Conecte SUS. Deputado critica que adesão ao programa seja voluntária


Deputados ouvem gestores sobre a informatização
dos serviços públicos de saúde
O coordenador de Gestão de Redes e Datacenter do Ministério da Saúde, Jairton de Almeida Diniz Jr., informou aos deputados nesta terça-feira (12) que a pasta lançou o programa Conecte SUS, para informatizar as unidades de saúde do Brasil. O programa vai integrar as informações de saúde do cidadão.

Por meio do aplicativo Meu DigiSUS, o cidadão vai ter acesso a dados como o resumo dos atendimentos, vacinas feitas, medicamentos de que fez uso e exames realizados.


As informações foram dadas em audiência pública na Subcomissão Especial de Cidades Inteligentes, da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. O debate tratou da aplicação de tecnologia na saúde pública.

Projeto piloto
Segundo o representante do Ministério da Saúde, o programa Conecte SUS foi lançado nesta segunda-feira (11) em Alagoas, estado em que será realizado o piloto do projeto.

Hoje o estado possui 194 (24%) de unidades informatizadas e 603 (76%) não informatizadas. Para a informatização total dessas unidades, serão destinados R$ 21,1 milhões até o ano que vem.




















Adesão dos municípios
A ideia é que a partir de março outros estados sejam incluídos no programa. O objetivo, conforme Jairton de Almeida, é que até o final de 2020 pelo menos 80% dos municípios brasileiros estejam contemplados, mas, segundo ele, isso dependerá da adesão das prefeituras.

Para os municípios que aderirem, o governo federal vai dar apoio financeiro no valor R$ 8,5 mil a R$ 11,5 mil para informatizar as unidades de saúde; e de R$ 1,7 mil a R$ 2,3 mil mensais para a manutenção.

Presidente da subcomissão, o deputado Francisco Jr. (PSD-GO) criticou o fato de a adesão ser voluntária. Ele informou ainda que a subcomissão visa adequar a legislação brasileira para que o cidadão tenha acesso aos benefícios de tecnologias que melhorem a vida nas cidades. “Quantas soluções inteligentes estão sendo aplicadas no mundo inteiro, porém falta preparo da nossa legislação para acolher essas realidades nos municípios”, disse.

Exemplo
O gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde da cidade de Jundiaí (SP), Tiago Teixeira, apresentou aos deputados o bem sucedido programa de Atenção Primária no município, que levou, por exemplo, à redução de até 95% da fila de espera de exames.

Ele informou que, em novembro, a rede do município deverá estar 100% informatizada. A tecnologia é utilizada, por exemplo, para que o cidadão avalie em tempo real o serviço de atenção primária por meio de totens digitais.

Questionado pelo deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), o gestor informou que 28% dos recursos do orçamento do município são investidos em saúde pública. Para Fruet, o trabalho feito em Jundiaí mostra que o serviço público pode ser eficiente, mas que é preciso orçamento para isso.


Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein


Fonte: https://www.camara.leg.br/




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