sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A luta dos ACE e ACS continua em busca de melhores salários e condições de trabalho



O Agente de Comunitário de Saúde (ACS) e o Agente de Combate e Endemias (ACE) atuam direamente com a comunidade e são atores importantes para a obtenção de resultados positivos na saúde de cada Município. Contudo, o baixo salário recebido pela categoria está desestimulando muitos profissionais. Atualmente, o piso  gira em torno do salário mínimo de R$ 622. Os profissionais estão pressionando para que o Ministério da Saúde elabore um projeto de regulamentação de um piso nacional de dois salários mínimos (R$1.244), de acordo com a emenda constitucional 63. Outra alternativa é negociar com o Município, pois é ele que realiza o pagamento dos agentes. Atualmente, a União repassa para a administração de Toledo a quantia de R$ 881, mas paga apenas o mínimo. A justificativa é que a diferença do salário é usada para pagar o material de trabalho dos agentes. Diante disso, os ACS's e ACE's realizam, neste sábado (15), uma caminhada para que toda a sociedade tenha conhecimento desta situação, e, principalmente para chamar a atenção do Poder Executivo. Em Toledo são 110 agentes comunitários de saúde e mais 50 agentes de combate de endemias.
Segundo o Manual SUS, o agente comunitário de saúde (ACS) é o profissional que desenvolve ações que buscam a integração entre a equipe de saúde e a população à Unidade Básica de Saúde. O profissional tem como atribuição a realização de atividades preventivas das doenças e agravos e de vigilância à saúde por meio de visitas domiciliares e ações educativas individuais e coletivas, nos domicílios e na comunidade. O ACS utiliza instrumentos para diagnóstico demográfico e sócio-cultural das famílias em sua base geográfica definida microárea. As informações são registradas em um banco de dados para fins de controle e planejamento das ações de saúde.
O agente de combate de endemias (ACE) é um trabalhador que vistoria residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos endêmicos. Também é o responsável por orientar quanto à prevenção e tratamento de doenças infecciosas. As atividades são fundamentais para prevenir e controlar doenças como dengue, chagas, leishmaniose e malária.
A ACS, Neuza Gripp, destaca que neste momento é fundamental que a categoria esteja unida. “Uma andorinha só não faz verão. Nós precisamos da ajuda e a participação dos agentes comunitários de saúde e de endemias em nossa caminhada. Nós estamos reivindicando algo de direito da categoria, que são: melhoria de salário, reconhecimento e a valorização dos agentes comunitários de saúde e de combate de endemias. O que não temos hoje na parte de administração pública da nossa cidade”.
O presidente do Sindicato dos Servidores de Toledo, Amauri Linke, afirma que a principal reivindicação da categoria é a criação de um plano de carreira. “Estes trabalhadores recebem somente o mínimo. Diariamente são eles que andam de sol a sol orientando as famílias e, muitas vezes, ainda enfrentam problemas de relacionamento com a população. Eles querem se manifestar e mostrar o seu descontentamento”.

Fonte Casa de Noticias

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