Decisão foi tomada durante o VI Congresso da CONACS, em Fortaleza (CE) |
Sancionada em 17 de junho de 2014, há quase dois anos o cumprimento da Lei 12.994 – que instituiu o plano de carreira e o piso dos agentes de saúde – é um dos principais desafios dos trabalhadores segundo o presidente da Federação Rondoniense dos Agentes de Saúde (FERAS) e diretor financeiro do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Rondônia, Mendes de Souza Aguiar.
Presente no Congresso, o dirigente ressalta o caráter nacional dessas reivindicações e a importância da unidade do movimento durante o protesto marcado para o dia 18/05. “Nós defendemos a sindicalização. Quando se faz um evento deste porte, a necessidade é de ter uma categoria unida. Hoje, o trabalhador está com o piso congelado, então foi decidido realizar o Dia D, em maio, para mostrar a relevância dos agentes de saúde. No caso de Rondônia, nós vamos paralisar o eixo da BR 364”, conta Aguiar.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias de Unaí e Região (SINDACS/ACE), Dirce Melo, a defasagem salarial dos servidores chega a 21% e, por isso, a mobilização da categoria deve ser a primeira ordem de cada entidade sindical. Conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o salário dos agentes passaria de R$ 1.014,00 para R$ 1.240,00.
“As questões que estão sendo levantadas no Congresso são o tema desta edição – ‘Categoria Unida para a Conquista da Sindicalização e do Plano de Carreira dos ACS/ACE’ – e o reajuste do piso nacional com urgência. Sendo assim, o posicionamento do nosso Sindicato é interagir com a categoria de todos os estados e nos empenharmos no trabalho em busca de filiações à CSB para fortalecer o movimento”, afirma a dirigente.
Com relação à bandeira da reposição salarial, o SINDACS/ACE já realizou uma passeata pelas ruas do município de Unaí (MG), cidade a 600 km da capital Belo Horizonte, no dia 30 de março. Da Câmara de Vereadores até o prédio da prefeitura, os manifestantes reivindicaram abertura de diálogo, reajuste, pagamento de salários todo quinto dia útil do mês, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Após a ação, que recebeu apoio da CSB e da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP/MG), “a prefeitura afirmou estar de portas abertas aos servidores” segundo Dirce Melo. “Uma reunião foi marcada junto ao prefeito para a próxima terça-feira (19/04). Não havendo negociação com a administração, nós vamos caminhar para uma greve, uma paralisação total até ter todas as questões resolvidas”, assegura.
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