terça-feira, 18 de outubro de 2016

Agentes de saúde pesquisam índice de infestação do Aedes em Goiânia

Resultado do levantamento ajuda a definir ações de combate ao mosquito.
Serviço começou na segunda-feira (17) e percorre 5% das casas da cidade.


Agentes de saúde fazem pesquisa de índice de infestação do Aedes aegypti em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Agentes de saúde fazem pesquisa de índice de infestação
do Aedes (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Do G1 GO

Agentes de saúde percorrem bairros de Goiânia para fazer o Levantamento de Índice de Infestação do Aedes aegypti (Lira). Com o resultado da pesquisa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) define os bairros que precisam de maior atenção e as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e do vírus da zika.

O trabalho começou na segunda-feira (17) e dura cinco dias. Cerca de 500 funcionários devem percorrer 5% das casas da capital. Um programa de computador sorteia quadras de todos os bairros da cidade para que as equipes façam as visitas.

“Quando uma casa está fechada, quando estamos fazendo a vistoria, a gente faz, praticamente, a casa anterior. Agora se a casa anterior estiver fechada, a gente pula para a próxima casa”, conta.Os agentes escolhem, aleatoriamente, um lote da quadra sorteada, para fazer a vistoria. Depois de concluir o serviço, eles pulam cinco lotes para frente, na ordem crescente. No entanto, conforme o agente de saúde Fred Jagger Juiliano, nem sempre tem pessoas nas casas para receber as equipes.

O também agente de saúde Raniere Dias Reis lembra que o criadouro de Aedes aegipty pode estar aonde menos se imagina, como por exemplo em um coletor de mangas. Por isso, alerta, é importante observar todos os lugares.

O diretor de Vigilância em Zoonoses da SMS, Gildo Felipe de Paula, explicou que o grande número de residências impede que todas elas sejam visitadas. “Goiânia hoje tem 662 mil imóveis. É impossível a gente visitar Goiânia em uma semana”, afirma.

No último levantamento, feito em maio deste ano, o Lira foi de 0,2%. Significa que, a cada 500 endereços visitados, foram encontrados mosquitos em apenas um.

A aposentada Iracema Maria da Cunha foi uma das sorteadas para receber a vistoria esta semana e, conforme os agentes, a residência dela passou no teste. "Todo dia eu olho, todo dia em todo lugar. Água parada eu jogo fora”, afirma a aposentada.

Na casa da dona de casa Lucimar Morais, os agentes já estavam indo embora quando decidiram olhar a água do cachorro. A agente de saúde Jaqueline da Mota Barbosa afirmou que as larvas encontradas já estavam na fase final do desenvolvimento. “Aqui o mosquito já está na fase de pupa, que é a ultima fase antes de virar mosquito", conta.

A moradora relata que ficou surpresa com as larvas que estavam na água do cão e que, agora, irá cuidar melhor da vasilha. "O criador estava dentro de casa. Agora é lavar direitinho com água e sabão", ressalta a dona de casa.

O Lira deve ser concluído na sexta-feira (21). Os dados serão divulgados na próxima terça-feira (25). Com base no índice de infestação, a secretaria pode fazer ações intensificadas nos bairros com mais mosquitos.

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