quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Fim de contrato na saúde do Rio gera temor de fechamento de clínicas da família e protestos

Manifestantes fazem ato contra fechamento de clínicas da família (Foto: Reprodução/ Internet)
Manifestantes fazem ato contra fechamento de
clínicas da família (Foto: Reprodução/ Internet)
Acordo entre Prefeitura e organização social terminou na segunda-feira (31). Vereador disse que 11 clínicas da saúde teriam que ser fechadas. Prefeitura nega qualquer mudança nas unidades.


Por Matheus Rodrigues, G1 Rio e RJTV


O fim de um contrato entre a prefeitura e a Organização Social Iabas gerou um impasse na saúde pública do Rio. O G1 apurou que o acordo sobre investimentos em clínicas da saúde tinha vigor até a última segunda-feira (31). O contrato ainda não foi renovado, o que gerou o temor em funcionários de que algumas clínicas da família serão fechadas. No entanto, a Prefeitura do Rio negou o fechamento das unidades.

O RJTV percorreu três unidades de clínicas e constatou que funcionários e pacientes receberam a informação de que os serviços seriam interrompidos. Segundo os pacientes de clínicas como a Maycon Siqueira, em Curicica, já nesta médicos não estavam fazendo o atendimento.

Durante a tarde desta terça-feira (1º) alguns funcionários das unidades de saúde do Rio realizaram uma manifestação contra o suposto fechamento de clínicas. Vias foram interditadas em alguns pontos da cidade: em Jacarepaguá, por exemplo, um grupo seguiu da Rua Adauto Botelho em direção à Transolímpica. Os manifestantes atearam fogo em objetos e fizeram um boneco do prefeito Marcelo Crivella.
















O vereador Paulo Pinheiro (Psol) afirmou ao G1 que 11 unidades da Zona Oeste teriam as atividades suspensas a qualquer momento. De acordo com ele, a gestão do prefeito Marcelo Crivella não teria fundos suficientes para renovar o contrato que expirou.

“Da mesma maneira que fechou a emergência do [hospital] Pinel, onze clínicas da família em Jacarepaguá estão sendo fechada pela OS Iabas. Por falta de recursos, a prefeitura falou que não tem como estender o contrato e vão fechar as clinicas da família. São 89 equipes que serão demitidas, sendo que cada equipe conta com 8 a 12 pessoas”, disse Paulo Pinheiro.

Ainda de acordo com o vereador, os funcionários dessas unidades seriam demitidos, entre eles estão agentes comunitários, médicos, enfermeiros e técnicos. Pinheiro apontou a queda na receita do município e um mau planejamento da gestão municipal anterior para o possível fechamento das unidades.

“São dois motivos principais que levam a essa situação da saúde. Uma queda de receita, a prefeitura não está conseguindo arrecadar em 2018. Além disso, um legado da saúde mal planejado pela gestão do Eduardo Paes. Juntando as duas coisas chegamos a esta situação”, disse Paulo Pinheiro.

A Prefeitura do Rio informou que a informação do vereador Paulo Pinheiro (Psol) de que haverá fechamento de Clínicas da Família é falsa. De acordo com o posicionamento, a "saúde é prioridade do governo Marcelo Crivella. A atual administração está fazendo todo o esforço para desatar o nó do orçamento da cidade".

Além disso, a Prefeitura disse que medidas com o objetivo de aumentar a arrecadação do município estão sendo adotadas, além de cortes de despesas em todas as pastas.

Ato contra suposto fechamento de clínicas

Agentes comunitários de saúde realizavam uma manifestação na tarde desta terça-feira (1º) contra o suposto plano da Prefeitura do Rio de fechar 20 Clinicas da Família no Rio. No protesto, o grupo chegou a interditar parcialmente pista lateral da Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As informações são do Centro de Operações.

Em nota, a prefeitura negou o fechamento de unidades da Clínica da Família e disse que a saúde é prioridade de sua gestão. “A prefeitura informa que é falsa a informação do vereador Paulo Pinheiro (Psol) de que haverá fechamento de Clínicas da Família. A saúde é prioridade do governo Marcelo Crivella” disse a nota.

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